A Nossa História
40+ anos de experiência ao serviço da agricultura

Fundada em 1976, a Auto Agrícola Alburitelense iniciou a sua atividade com 5 funcionários. Exerce a sua atividade numa área de 4500m2, sendo 1500m2 de área coberta, instalações que ocupam desde o primeiro dia de atividade da empresa.

  • Oficina
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  • Carro Oficina
  • Equipa Especializada
40+
Anos de Experiência
Anos de Experiência
10+
Ténicos Especializados
Técnicos Especializados
15+
Marcas Representadas
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Clientes Satisfeitos
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Notícias
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    2021-09-09
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  • Generator Components Which You Should Know
    2021-12-02
    Mulheres de Máquinas

    Auto Agrícola Alburitelense

    Fundada em 1976, em Alburitel, a Auto Agrícola Alburitelense começou com cinco funcionários, onde se mantém, com instalações únicas. Atualmente ocupa nove funcionários. Opera numa área de 4500m2 (1500m2 em área coberta), compreendendo stand de exposição e oficina para reparações. Dispõe de carrooficina para serviço de pós-venda, para revisão e/ou reparação no local da avaria. Para além de veículos de retoma e da venda de alfaias de todos os tipos, de fabricantes nacionais e estrangeiros, comercializa tratores Same com potências variáveis entre os 35cv e os 340cv. Para além das representações do Grupo SDF, também está credenciada para venda de produtos Galucho, Herculano, Joper, Tomix, entre outros.


    É cada vez mais difícil e impróprio continuar a advogar a desigualdade de género e as diferentes oportunidades criadas no meio laboral entre homens e mulheres, mas a empresária Maria Júlia soube como erradicar esse anátema do vocabulário da indústria das máquinas agrícolas, ao vencer e convencer até os mais céticos. Mais que uma ‘mulher de armas’ é uma ‘mulher de máquinas’, para quem a reforma não é o mesmo que aposentadoria.


    É por entre montes e vales que se chega a Alburitel, pequena freguesia do concelho de Ourém com pouco mais de 1100 habitantes, famosa pelo azeite e pelos vinhos ali produzidos pelos monges de Cister, particularmente o branco e o palhete – os Medieval de Ourém, DOC -, e pelos petiscos servidos nas tabernas de beira de estrada, que outrora se sucediam às dezenas. Se uns e outras foram perdendo fôlego, de pedra e cal à frente da Auto Agrícola Alburitelense permanece a popular Dona Júlia, que há 42 anos se dedica de corpo e alma à venda e reparação de tratores e alfaias, e cujo horizonte comercial há muito ultrapassou os limites concelhios. Se é uma mulher que muito lutou para vencer num mundo dito de homens e se o seu rosto continua a irradiar tanta simpatia como tenacidade como no primeiro dia de trabalho, o mais difícil é mesmo dizer-lhe ‘não’.


    A fundação desta empresa [Auto Agrícola Alburitelense] resulta de casualidade, ou já havia algum antecedente familiar?

    Foi uma casualidade. Não tínhamos ninguém na família ligado ao sector das máquinas e iniciámos o processo pela base. Eu e o meu marido fundámos a empresa em 1976, pois após o 25 de Abril eram escassos os empregos disponíveis, pelo que decidimos abraçar esta atividade ligada ao sector agrícola, para venda de máquinas e alfaias e oficina para reparação das mesmas. À época, iniciámos com os motocultivadores e motoenxadas. Posteriormente adquirimos outras máquinas, e de momento as principais têm origem no Grupo SDF, com os tractores Same e Deutz.


    A ligação filial à terra também teve influência…

    Nasci nesta freguesia, numa aldeia rural ligada à agricultura. Os meus pais cultivavam a terra, produziam azeite e vinho branco. Alburitel e o concelho de Ourém são reconhecidos pela excelência do vinho branco e do azeite. Eu sempre me dediquei mais às vendas. Fui atraída pela parte comercial, sendo que quanto mais difícil seja a concretização do negócio mais gosto sinto por ele.


    Mas como aprendeu esta arte de ‘amanhar’ a terra?

    Não tive formação específica. Digamos que foi a própria atividade que me deu a aprendizagem necessária. Fiz o liceu até ao 12º ano, de noite, numa altura em que já tínhamos a empresa. Fui ganhando conhecimentos, tirei cursos de contabilidade para estar mais bem preparada para o negócio. Foi muito difícil no início, mas quem faz por gosto fá-lo bem. Foi trabalho árduo, é verdade, até porque nessa altura trabalhava-se aos fins-de-semana e feriados. Havia pouco tempo para descanso e as máquinas eram vendidas e entregues ao domingo. Não se perdia tempo.


    O gosto veio por si, mesmo tratando-se de uma atividade que é comummente descrita como de domínio masculino?

    É verdade, mas nunca me assustei com isso. É que não me assusto com pouca coisa. Além disso, sempre fui bem tratada e respeitada pelos homens deste meio.


    Depreende-se, então, que nunca foi olhada com desconfiança pelos mais céticos…

    Há um episódio curioso. Uma vez chegou aqui um cliente para adquirir um trator, e como não havia qualquer homem para o atender apresentei-me e conduzi-o ao parque de maquinaria e a sua primeira reacção foi taxativa: ‘Com mulheres não quero nada, só negoceio com homens.’ Está claro, perdi o negócio. Paciência. Ele haveria de voltar, mais tarde, e fui eu novamente a atendê-lo, outra vez por não haver homens na casa. Lá lhe vendi o trator, ao que ele me disse: ‘Já perdeu um negócio comigo, pois não quero negócios com mulheres, mas hoje abro uma exceção.’ Desde então, aquele cliente revelou-se um grande amigo e sem qualquer outra motivação ou interesse arranjou-me posteriormente diversos clientes que procuravam adquirir tratores.


    Entre esses episódios não ficou preocupada com a sua função na empresa, pelo facto de ser mulher?

    De todo, não sou mulher de desistir. Nunca um negócio difícil me fez desistir. Aliás, fiquei ainda com mais vontade, pois eu sempre gostei do meu trabalho e os clientes teriam que o compreender. A mulher já então tinha, como sempre terá, tanto valor como o homem.


    De onde vinha essa resiliência?

    Nunca precisei de incentivos, pois sempre tive força interior que me dava o alento para continuar. Ainda hoje, à beira de me reformar, gosto de estar aqui, pois isto faz parte da minha vida, é isto que eu gosto de fazer. Apenas me vou reformar e não aposentar.


    Fala de reforma, o que não é o mesmo que reformar o negócio…

    O negócio vai continuar. Se me saí bem com o negócio das máquinas agrícolas melhor me saí como mãe de dois rapazes – o Hugo e o Francisco. O Hugo, o mais velho, trabalha aqui connosco, é um excelente profissional e será o meu sucessor. O mais novo optou pela carreira na indústria farmacêutica.


    Uma vez que aprendeu a lidar com situações invulgares, também sentiu vontade de saber mais sobre as máquinas?

    Todos os dias vamos aprendendo algo. Fui-me informando e formando, reuni-me com fabricantes e fornecedores. Fui aprendendo, como faz toda a gente quando envereda por uma atividade nova. Ainda hoje aprendo.


    Acompanhou o processo de mecanização agrícola da região. Que diferenças existem de então para cá?

    Estou aqui há 42 anos e pode dizer-se que a grande viragem foi com a chegada dos motocultivadores e motoenxadas, pois até então o transporte das uvas e das azeitonas era feito com burros e mulas e carroças. Aqueles dois tipos de máquinas, a que se atrelava um reboque, passaram a fazer o serviço dos animais. Nós também fabricávamos reboques e recordo que nessa época de mudança vendemos 30 motoenxadas em um só mês.


    Hoje há o trator…

    E com ele fomos crescendo. Tem muita tecnologia e na Alburitelense estamos bem preparados. Temos toda a ferramenta para o reparar e perceber a sua complicada eletrónica.


    O que mais se adequa à região, nesta acidentada orografia?

    A zona é de minifúndio e, como tal, apropriada para pequenas máquinas agrícolas, de 35 a 100cv. No entanto, a nossa área de concessão é grande – vai até à zona de Torres Novas e Santarém, Tomar, Alvaiázere -, e já começámos a vender máquinas de grande porte e potência. Neste momento, é esse o fator de grande suporte da empresa.


    O vinho e o azeite continuam a ser as produções dominantes na região?

    É difícil, pois o regime agrícola continua a ser de pequenas parcelas. Mesmo as pequeninas produções de milho, feijão, batata - uma agricultura de subsistência - foram desaparecendo.


    O que também torna difícil fazer desenvolver (expandir) o negócio…

    Nunca pensámos nisso. Este tipo de empresas comporta grandes gastos em instalações e para se abrir uma filial é preciso que haja contrapartidas monetárias. Prefiro fazer, aqui, um trabalho bem feito, do que ter filiais e não conseguir acompanhar convenientemente o trabalho comercial. Ficamos por aqui, onde estamos a crescer, especialmente nos tratores de maior potência. Estamos bem junto das nossas raízes, onde nasci e fui criada.


    Com tão longa carreira neste sector, como analisa a agricultura pelo país? Está tudo por fazer, ou faz-se algo bem, ainda que lentamente?

    A agricultura sempre foi encarada como o parente pobre da economia nacional. Mas dão-se pequenos passos, pois há mais gente a trabalhar no setor, e com mais eficiência, pois este está cada vez mais profissional.


    Mas os serviços e o turismo [Fátima fica bem perto] teimam em ganhar terreno ao setor primário…

    A economia tem espaço para todos. Este dinamismo de crescimento dos serviços e turismo pode bem ajudar a agricultura, pois aquelas empresas poderão ser boas consultoras desta, a que coloca a comida na casa dos portugueses e no prato dos turistas. Chega para todos.


    Qual o papel dos mais jovens neste processo? Continuam a demandar outras paragens, ou já procuram fixar-se nas terras dos seus pais e avós?

    Já são os netos dos nossos primeiros clientes que aqui vêm procurar as ferramentas de trabalho, que nos consultam sobre os equipamentos necessários a uma agricultura moderna, que tem fundos específicos para comparticipações. Muitos já estão familiarizados com esses processos, em outros casos somos nós que os auxiliamos.


    Há alguma verdade quando se diz que a empresária Maria Júlia é ‘dura’ nas negociações com as marcas?

    Dizem que eu sou muito exigente. No entanto, tenho uma excelente relação com as marcas que represento, sendo que tenho imenso prazer em negociar, seja na compra ou na venda. Concretizar um negócio ou fazer uma boa negociação é algo que me dá muito prazer.


    Percebe-se que, em 42 anos de actividade neste ramo, não há qualquer sinal de arrependimento…

    Não, de todo. É verdade que houve tempos mais difíceis, alguns ainda recentes, desde 2010, com a quebra acentuada de vendas. A recessão tocou a todos e nós também fomos penalizados. Mas sempre nos reerguemos e com força para continuar. A partir de 2013 já notámos alguma retoma, o que nos deixa optimistas, pois há gente nova interessada em continuar e outros a enveredar por este setor. Quando olho para trás vejo que valeu a pena, pois esta actividade trouxe-me muita coisa boa, grandes amigos, bons clientes e todo um staff que me tem apoiado muito durante todos estes anos, a quem deixo, a todos, os meus agradecimentos. O mesmo se passa em relação a outros concessionários, com quem ainda hoje formo uma equipa de amigos, independentemente das diferentes marcas que representamos. Esta atividade deu-me tudo, conhecimentos e viagens pelo mundo fora. Conheci gente muito interessante e fiz amizades que perduram até hoje.


    A mulher e a agricultura

    Nos primórdios, à mulher cabia o papel de recolher as folhas, frutos e as raízes para sua alimentação e dos seus, enquanto o homem caçava. Milénios se sucederam até que o sedentarismo transformou a ocupação de ambos com a evolução do processo agrícola, da observação do grão a germinar e o advento do arado, a utilização de animais no processo e a invenção da roda. E a mulher continua firme no processo da agricultura familiar de subsistência. Com a chegada e desenvolvimento da mecanização, do trabalho mais árduo ou pesado, é a mulher quase totalmente subtraída à equação. No entanto, a agricultura moderna e a decadência do sexismo têm aberto novas oportunidades à mulher no trabalho com as máquinas agrícolas, com especial predominância na Europa central e do norte, nas Américas e Oceânia. Em Portugal, conta a empresária Maria Júlia, nota-se atraso. Pelo menos no meio que melhor conhece: “Por vezes, ao conversar com outras mulheres sinto que uma grande maioria não gosta da actividade agrícola. Noto que parte delas participam e apoiam o trabalho familiar no campo, mas não gostam o suficiente para o abraçarem com gosto.” Variadas vezes tem-se cruzado com mulheres nas instalações da Alburitelense, mas estas, na maioria das vezes, na condição de acompanhante do marido que pretende adquirir uma máquina. “É um facto, são mais os homens que nos visitam. É preciso gostar muito daquilo que se faz, e se assim gostarmos teremos força para abraçar a atividade que escolhemos. E por que não esta? Para mim foi fácil, pois gosto muito do que faço”, sintetiza a Dona Júlia.


    Fonte: ABOLSAMIA (março / junho 2018)

    A satisfação dos nossos clientes
    • Bom atendimento

      Bom atendimento. Muito acessível.

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      Ilídio Ramos
      Cliente
    • Simpatia e disponibilidade.

      Simpatia e disponibilidade.

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      Luis Gonçalves
      Cliente
    • Muito Bom Atendimento

      Atendimento personalizado, cumprindo com todas as necessidades do cliente. Recomendo

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      Gonçalo Grangeia
      Cliente